Apesar da instabilidade política e econômica do Brasil, o número de M&A, sigla em inglês para fusões e aquisições, vem crescendo com o passar dos anos, tendo alcançado um recorde de 807 transações no primeiro semestre de 2022, conforme o Valor Investe. Compreender os processos envolvidos nesse tipo de transação é fundamental para que a venda de uma empresa seja de sucesso, gerando mais valor aos negócios e vencendo a concorrência.
Dividida em três grandes fases, a transação de M&A dura, em média, de seis a doze meses. Iniciando-se quando a empresa faz seu planejamento para ir a mercado, seguido pela busca de potenciais compradores por meio do “Road Show para Investidores” e, por último, vem a etapa da Due Diligence e liquidação da venda, liderada por uma equipe jurídica.
Etapas do M&A
De forma mais aprofundada, a primeira etapa de um M&A tem o entendimento e análise do passado, presente e futuro da empresa, bem como do mercado em que está inserida, seus competidores e stakeholders. Tais informações são consideradas na análise comparativa posterior e para a preparação dos materiais necessários para a transação.
Nesse momento também é feita a Valuation da empresa, que consiste no processo de avaliação dos ativos e passivos da organização a fim de estimar seu valor, contribuindo para elaboração da tese de venda, que por sua vez engloba o motivo da venda, as informações de mercado, informes operacionais e financeiros, e a descrição da empresa e seus diferenciais. Ainda assim, é definido o modelo e estratégia para a abordagem dos potenciais compradores e produzido os materiais de marketing para o teste de mercado.
Em seguida, inicia-se o road show para investidores nacionais e internacionais, os quais podem ser tanto players estratégicos, ou seja, empresas do mesmo ramo de atividade e concorrentes, quanto fundos de investimentos.
M&A aprovado e agora?
Durante a etapa intermediária, que é após toda a pesquisa e cálculo do Valuation, é feita uma primeira abordagem para apresentar a empresa e testar o apetite dos players, que, caso houver interesse, é assinado um acordo de confidencialidade – Non-Disclosure-Agreements (NDA) – e apresentada detalhadamente a oportunidade.
Dessa forma, persistindo o interesse, os sócios e gestores do negócio em questão se preparam para a management presentation, uma reunião onde são feitas as primeiras interações com os potenciais compradores.
Concluída a segunda etapa, inicia-se a fase final do processo em que são recebidas e avaliadas as ofertas não-vinculantes, propostas pelos investidores que ainda estão interessados, sendo selecionadas as melhores delas para, então, negociarem acerca do preço, forma de pagamento, governança e outros detalhes. Acordados ambos os lados, é iniciada a due diligence, momento em que uma auditoria verifica todas as informações da empresa a ser adquirida com um acompanhamento diário.
Por fim, há o recebimento e avaliação das ofertas vinculantes, ou seja, as ofertas finais. Se ambas as partes estiverem de acordo, é contratado um advogado para a elaboração dos documentos e, finalmente, ocorre a assinatura do contrato de compra e venda e o de acionistas, com as diretrizes negociadas previamente. E, finalmente, ocorre a liquidação financeira.
O processo de M&A é bastante demorado e desafiador, englobando diversas etapas burocráticas. Assim, para facilitar a transação, recomenda-se que o sócio do negócio entre em contato com uma instituição financeira que possa lhe assessorar durante o processo.
Tal assessoria pode acompanhar tanto o buy side quanto o sell side, ou seja, a instituição pode atuar do lado da compra de uma empresa como também do lado da venda de um outra.
Nós da Criteria Solutions, possuímos um time especializado e com expertise em fusões e aquisições que acaba de assessorar uma empresa de tecnologia a vender 100% de suas ações a um player estratégico gringo.
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