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O assunto do momento com certeza foi o rombo encontrado nas contas das Lojas Americanas. Uma das maiores varejistas do país, a companhia passa por um momento complicado, após a saída de seu CEO Sérgio Rial, que deflagrou as péssimas condições contábeis da empresa e que, ao longo dos últimos dias, ficaram ainda pior.

O que tem sido anunciado nas redes é que a empresa havia divulgado um rombo de R$ 20 bilhões, no entanto, a nova cifra divulgada já passa dos incríveis R$ 40 bilhões.  Como a empresa não possui caixa suficiente para honrar tais compromissos, foi necessário que ela entrasse com um pedido de recuperação judicial, situação em que a empresa em falência recorre à justiça para renegociar suas dívidas com seus credores.

Mas e para o investidor, o que muda?

Para aqueles que detêm as ações da companhia, viram seus ativos se desvalorizarem de maneira brusca no dia 12 de janeiro – uma queda de 77,33% – quando os primeiros anúncios foram feitos. Após isso, outros pronunciamentos vieram às mídias e esses indicavam uma situação ainda pior: a ação já acumulava queda superior a 87,71% no ano de 2023 (no fechamento de 14 de fevereiro de 2023). 

Apesar do estrago nas ações da companhia serem mais visíveis para os investidores, eles não param por aí.

O mercado de Renda Fixa também foi fortemente impactado, fazendo com que os portadores diretos das Debêntures da empresa vissem sua posição virar zero.

Já para os que possuem uma exposição aos títulos de maneira “indireta” (via fundos de investimentos) assistiram às rentabilidades negativas por dias consecutivos, conforme o mercado e os administradores dos fundos iam ajustando o valor das debêntures no passivo dos fundos, fazendo com que o impacto fosse sendo ajustado em alguns dias.

Como isso se relaciona com risco de Crédito?

Uma definição de risco de crédito seria: “o risco da não liquidação integral dos compromissos em tempo hábil de um devedor (inadimplência)”.

Logo, o detentor daquele ativo, em caso de inadimplência, terá preferência no recebimento conforme a senioridade da dívida que ele possui.

RE – FLU – QUI – SU

Não, não estamos falando do refluxo que pode ocorrer com qualquer ser humano. Apenas uma brincadeira para aprender os tipos de garantias que uma debênture pode possuir. 

Real: Quando se trata de uma dívida com uma garantia específica, a qual pode ser hipotecada, penhorada ou liquidada para cobrir a dívida.

Flutuante: É um tipo de garantia que dá privilégio sobre os ativos da empresa em caso de falência da companhia. No entanto, os ativos não estão vinculados à emissão, logo, pode-se dispor desses ativos sem ter a autorização prévia dos detentores da dívida.

Quirografária: Sem preferência ou privilégio sob os ativos da empresa, o detentor de uma debênture com esse tipo de garantia terá as mesmas condições que os demais credores no evento de falência da empresa.

Subordinada: O último tipo e o menos privilegiado, quando o detentor possui a preferência apenas sobre os acionistas, no caso de liquidação dos ativos da empresa.

Como escolher/compor uma carteira de renda fixa?

No caso das pessoas físicas, temos a segregação de classes de investidor (Geral, Qualificado e Profissional) que já realiza uma espécie de “filtro”, dando acesso ao público geral.

Entretanto, esse acesso é apenas para dívidas de emissores maiores com boas classificações de crédito, mais conhecidos com AAA (a mais alta classificação existente).

No entanto, é possível encontrar ativos com outras classificações para investidores gerais como AA+, AA ou até AA-.

Após realizado o filtro do tipo de investidor – determinante para encontrar as possíveis opções -, sem dúvidas, o primeiro critério a ser adotado é o risco do emissor.

Para determinar esse risco, é sempre indicado o apoio de um especialista, o qual pode auxiliar o investidor a entender o caso de cada empresa, sua saúde financeira, se ela é solvente e, por fim, se a perspectiva para a empresa/setor é boa para o período que irá se decorrer até o vencimento. 

A partir disso, podemos iniciar a análise pelos demais riscos: mercado e liquidez.

O primeiro, se refere ao risco inerente de estar em um mercado, com flutuantes em preços e taxas que, os investidores de ações já estão bem acostumados.

Por fim, temos o risco que geralmente é mais ignorado, o risco de liquidez. Neste caso, trata-se do risco de ter um ativo que vale X no mercado, mas não se tem liquidez (ou demanda) para ele, logo, torna-se inviável realizar a saída do ativo pelo valor cotado. 

Em suma, uma carteira bem ponderada considera os tipos de riscos (crédito, mercado e liquidez) e traz para o investidor uma sugestão de combinação para que ele analise se está ou não disposto a encarar os riscos. Diante disso, estar atendo ao nível de retorno que ele deseja obter e claro, sem se esquecer da velha máxima das finanças que é sempre válida: “quanto maior o retorno, maior o risco”.

Agora que você já sabe um pouco sobre mais sobre o risco de crédito, agende uma conversa com nosso especialista em Renda Fixa e Fundos Imobiliários, João Genta. Este conteúdo foi escrito por João Genta, Head de RF, FIIs e COE na Criteria Investimentos.  Acompanhe nossos conteúdos semanalmente e fique por dentro não só sobre risco de crédito como também de outros assuntos.

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