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O esporte, historicamente celebrado por sua paixão e espírito competitivo, hoje se encontra na encruzilhada de uma transformação financeira sem precedentes. A intersecção entre esportes e finanças tornou-se um campo fértil para transações bilionárias, onde a monetização de eventos esportivos e contratos de jogadores redefine os paradigmas tradicionais.

A partir de agora, mergulharemos nas recentes tendências que ampliam os limites das transações esportivas, destacando a proposta extraordinária de $776 milhões pelo time saudita Al-Hilal ao astro francês Kylian Mbappe, entre outros exemplos marcantes.

Exploraremos como essas narrativas financeiras estão transformando a forma como os esportes são jogados, assistidos e valorizados no cenário global.

Boa leitura. 

A monetização do esporte

O esporte tem se tornado cada vez mais uma atividade vinculada ao dinheiro, com eventos esportivos e contratos de jogadores sendo monetizados em escalas antes inimagináveis.

Conforme citamos anteriormente, a proposta de $776 milhões feita ao jogador Kylian Mbappe é um exemplo emblemático dessa nova realidade, onde os valores financeiros atingem níveis exorbitantes e moldam o curso do cenário esportivo global.

Essas transações não apenas ampliam os limites das negociações esportivas, mas também sinalizam uma era de valorização financeira sem precedentes no esporte.

Abaixo, você confere dados das últimas transações feitas pelas principais ligas no cenário dos esportes. 

Essas narrativas representam uma aceleração de um fenômeno que está transformando a forma como os esportes são jogados e assistidos, marcando uma era em que os valores financeiros atingem níveis exorbitantes e moldam o curso do cenário esportivo global.

 

Desconexão entre desempenho e valorização

Entretanto, a desconexão entre o desempenho esportivo e os valores de transação sugere uma dinâmica peculiar no mercado de franquias esportivas.

Fatores além do sucesso competitivo, como o apelo emocional e o status de “Ativos Troféu”, estão impulsionando os preços a níveis sem precedentes.

As franquias esportivas, especialmente nas ligas NBA e NFL, têm visto seus preços de transação aumentar significativamente, refletindo uma distinção entre valor e preço impulsionada por fundamentos financeiros e fatores comportamentais.

Fonte: Aswath Damodaran
Preço coletivo das equipes da NFL (US$ bilhões). Fonte: Aswath Damodaran

“Ativos Troféu” e a valorização das franquias

Outro ponto que devemos analisar é que as franquias esportivas são cada vez mais consideradas “Ativos Troféu”, cujo valor vai além de avaliações estritamente comerciais.

Esses ativos únicos e escassos são adquiridos por razões não financeiras, como o desejo de viver sonhos de infância ou oferecer experiências exclusivas, o que pode manter seus preços elevados independentemente dos fundamentos financeiros tradicionais.

A entrada de fundos soberanos e bilionários no mercado de franquias esportivas, especialmente na Premier League, exemplifica essa tendência.

Fonte: Aswath Damodaran

No atual cenário esportivo, marcado por uma ligação cada vez mais profunda entre esportes e finanças, proprietários não bilionários enfrentam uma pressão crescente para vender suas equipes. A necessidade de tornar suas equipes atraentes para potenciais compradores os leva a adotar estratégias como a adição de jogadores de destaque, mesmo que isso possa, paradoxalmente, afetar a qualidade em campo.

Esta dinâmica cria um ambiente onde os fãs de equipes sob propriedade de magnatas têm motivos para celebração, graças aos investimentos robustos que podem ser feitos.

No entanto, esses mesmos fãs enfrentam o risco de verem seu entusiasmo esfriar caso o interesse do proprietário diminua. Por outro lado, os adeptos de equipes com gestão mais tradicional podem experimentar frustração ao observarem suas estrelas sendo atraídas por contratos mais lucrativos em outros clubes.

Fonte: Aswath Damodaran

Neste contexto, os jogadores emergem como verdadeiras joias das franquias prestigiosas, valorizados não apenas por seu desempenho em campo, mas também pelo prestígio que conferem aos seus proprietários. A expectativa é que o futuro reserve ainda mais contratos milionários, refletindo a crescente comercialização do esporte.

Por fim, conforme a estimativa da Forbes, das sete franquias, a NFL, NBA, MLS e IPL são negociadas a 8-10 vezes as receitas e a múltiplos elevados do lucro operacional:

Especificamente no Brasil, o futebol, esporte de paixão nacional, tem visto uma evolução significativa com a introdução das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). A lei 14.193/2021, que facilitou a transformação de clubes de futebol em empresas, marca uma mudança substancial, não apenas na nomenclatura, mas também nas estruturas de tributação, governança, controles internos e meios de financiamento. 

A transição para o modelo de SAF oferece aos clubes uma oportunidade de revitalização financeira, permitindo que o retorno sobre o investimento seja alcançado por meio da revenda do clube, da integração em outros empreendimentos e do recebimento de dividendos.

Na temporada de 2024 da Série A, observou-se que 25% dos clubes já haviam adotado o modelo de SAF, com exemplos notáveis como Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Coritiba, que receberam investimentos significativos. Essas movimentações destacam o potencial inexplorado do mercado brasileiro de futebol, que, apesar de ser um dos maiores mercados de mídia e entretenimento, ainda movimenta valores significativamente inferiores em comparação a outros mercados globais. 

A profissionalização, aprimoramento da governança e eficiência em termos de receita e custo são áreas com grandes oportunidades de desenvolvimento, oferecendo um contraste com as aquisições de “Ativos Troféu” observadas globalmente, onde o foco muitas vezes se desvia dos ganhos financeiros tangíveis.

Este panorama sugere que, enquanto o mercado global de esportes continua a navegar por águas financeiras cada vez mais profundas, o Brasil se encontra em um momento de transformação, com a SAF emergindo como um catalisador para o crescimento e a sustentabilidade financeira no esporte mais amado do país.

Fonte: Globo Esporte

A fusão entre esportes e finanças marca uma era de transformações profundas, onde as cifras bilionárias e os “Ativos Troféu” redefinem as estratégias e o valor no universo esportivo.

Esta evolução não apenas amplia os horizontes financeiros dos esportes, mas também altera a percepção de valor, desempenho e sucesso no cenário global.

À medida que avançamos, a compreensão dessas dinâmicas se torna essencial para navegar no futuro interconectado de esportes e finanças.